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DA SÉRIE CAUSOS DE NOSSA GENTE!

PATO, O PATRÃO E OS PASSARINHOS

Fevereiro de 2004; era carnaval mas já se vivia o clima pré-eleitoral. Pato (apelido de um cidadão simples e trabalhador) estava tomando umas gororobas com o patrão; um desafeto do então prefeito Luizinho que promovia a folia para turbinar sua reeleição.

Na carroceria da caminhoneta o som estava nas alturas. O patrão de Pato resolveu então discursar, soltando pilhérias para o prefeito. O delegado querendo mostra serviço, manter a ordem e tudo mais, mandou baixar na hora.

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Baixa! Num baixo... Baixa! Num baixo... – "Teje preso". Bradou a autoridade, acabando a festa. Pato ficou encapelado. Foi a delegacia prestar solidariedade ao patrão. Bastou botar o pé na porta, recebeu voz de prisão por "desacato". - Já para a cela. Pronto.

Presos, Pato e o patrão só faziam chorar sob olhar dos aprisionados.

Pela manhã. Passado o efeito do álcool, e já alforriado, Pato correu pra casa e a primeira coisa a fazer foi soltar seus passarinhos. Abriu as portas das gaiolas e sentenciou:

– Podem voar. Vocês não fizeram nada pra tá preso!

Museus fechadinhos em Mossoró!

A equipe do jornal O Mossoroense foi a cada um dos quatro museus apontados pelo Guia conferir in loco a real situação desses espaços que deveriam estar abertos a visitação, como aponta o Guia dos Museus Brasileiros, e se deparou com uma realidade destoante da divulgada pelo Ibram.

O tempo muda, menos os homens

Valério mesquita - escritor

Nos anos 30, dois partidos políticos lutavam pelo poder. Em Assu, perrepistas e liberais faziam a poeira cobrir literalmente. Naquele tempo,adversário que estava "por baixo" era tratado a pão e água, e, às vezes, a peia comia. João Traíra tinha um vizinho politiqueiro além da conta. Durante a campanha, João provocava: "E aí seu Pedro, quem vai ganhar?". O velho liberal doente, respondia: "Nós vamos levar essa! Mas como a coisa tá arrochada, calado é melhor pra quem tem vergonha!". Os liberais perderam a campanha. Aí João Traíra encontrando o vizinho, que era jurado pelos perrés de levar umas viroladas, perguntou: "E agora, seu Pedro? Calado é melhor, pra quem tem vergonha né?". O experiente político replicou: "È. Pra quem tem vergonha, calado é melhor! Por isso, eu já estou de malas prontas. Vou viajar".

Luiz Preto e o heroísmo no tempo das parteiras

Tive hoje a satisfação de conversar com Luiz Valentin de Oliveira, morador antigo do Sítio Olho D’água. De quebra, encontramos em sua residência o escritor Gilberto Freire de Melo, um conhecedor da história do Vale do Açu. Sobre ele falemos no post abaixo; primeiro arrazoemos sobre Luiz Preto, como é mais conhecido o “transportador de parteiras”. Ele conta que não foram poucas as noites escuras que ele teve de vencer o caudaloso rio Açu de barreira a barreira para atravessar nas costas a benditas parteiras, quando ainda não havia médicos na região. Com braços fortes adestrado pelo trabalho pesado, ele socorreu muitas mulheres que estavam para “ganhar menino”.

Depois de décadas ele ainda é capaz de lembrar os nomes das parteiras: Maria Penha, Zefa Grande, Chica Filiberta, Joana Bernarda, Bilisara de Luiz Ruil, Balbina, Zulmira Pereira, Monacila, Comadre Ana de Zé de Zumba... E outras mais que lhe falta à memória. Todas falecidas, mas a sua época sempre solícitas, não importava à hora. Difícil era quando o parto acontecia durante as cheias. Um desses atos de heroísmo de Seu Luiz está registrada no livro “Santa Luzia de meu tempo”, de Gilberto Freire. É bom que se diga que esse trabalho era totalmente voluntário, não cobrava um tostão.

Para criar sua prole o patriarca se desdobrava no trabalho agrícola durante o inverno e nas salinas de Macau ou Areia Branca em época de seca. Dedicou-se a criação de gado, atividade que lhe gera renda até hoje com a venda de carne e leite. Seus filhos – oito homens e sete mulheres – são bem sucedidos fazendo e bem casados vão multiplicando o número de descendentes. “Hoje os meninos nascem com tudo preparado com assistentes e médicos... as mulheres não sabem mais o que é sofrimento”, diz Seu Luiz, lembrando que antigamente as parteiras só traziam uma "trouxinha" na cabeça para dá assistência. Aos 83 anos, Luiz Preto vive feliz ao lado da esposa, Dona Maria Helena Borja.

Um bom bate-papo com o poeta Gilberto Freire

Tendo acabado de chegar de Natal com sua esposa, o historiador varzeano se assenta no alpendre enriquecendo mais ainda a conversação. Entre uma prosa e outra, a dedicatória de seu mais novo livro “Versos que não rasguei”, publicado em sua própria gráfica. Um exemplar para este escriba outro para o fotógrafo Willame que se distraia com uma apetecível melancia oferecida pelo anfitrião.

Durante o bate papo ficamos sabendo que a família FREIRE está preparando uma grande festa no dia 10 de dezembro, momento que reunirá os membros da linhagem, vindo caravana da Paraíba para o grande evento no Quintal Verde, em Pendências. Também em dezembro, possivelmente na festa de emancipação do município, Gilberto lançará mais um trabalho sobre “Pendências: roteiro histórico e cultural”. O BLOG deseja sucesso!

Sítio Gajé estréia nosso roteiro da série “história das comunidades”

"João Goela" nos dá pista sobre origem do nome

Dona Clarice Fernandes, nascida e criada no povoado, e o aposentado Chico Silva, que chegou a dez anos, são pessoas idosas do Gajé, lugarejo pequeno com nome adventício. Se os mais velhos são de poucas palavras, encontramos o João Goela, pescador artesanal, e como seu nome sugere, bom de prosa. “Aqui tudo era São José que já foi Buraco D'Água”, diz montado em sua bicicleta que lhe serve de condução desde de menino. – “Há trinta e poucos anos moro aqui, me casei e já tenho netos”. Sobre o nome do sítio, ele narra: “Vi chegar a caixa dágua da Petrobrás, que foi a partir daí que aqui passou a ser chamada de Gajè". Assim, através do João Goela, ficamos sabendo um pouquinho sobre a história da comunidade encravada na zona rural de Alto do Rodrigues. (Fotos: Willame)

* Seguiremos pelo caminho da reportagem descobrindo outros lugares!

Faz lembrar do tempo que era vila

Poço da lavagem, nosso primeiro nome, resiste ao descaso e ao esquecimento. A foto em destaque é de anos atrás quando o lugar recebia a um pouco de atenção, diferente dos dias atuais. Por essa cercania não se fala mais em turismo e até o museu já perdeu seu charme. Puxei pela memória e descobri que o governo fazendo o futuro está mesmo é se deslembrando do passado.