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Auxílio emergencial reduz extrema pobreza ao menor nível em 40 anos, mostra pesquisa



Com quase metade da população recebendo o auxílio emergencial em junho, a proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de extrema pobreza nunca foi tão baixa em pelo menos 40 anos. 

O fim da distribuição do benefício neste segundo semestre tende, porém, a provocar um repique no indicador. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostra que 3,3% da população vivia em junho com renda domiciliar per capita de US$ 1,90 por dia — o equivalente a R$ 154 mensais por membro da famílias. São 6,9 milhões de pessoas.

Um mês antes, em maio, a proporção da população vivendo abaixo da linha de extrema pobreza era de 4,2%, o equivalente a 8,8 milhões de pessoas, conforme o levantamento, que se baseou na Pnad Covid, pesquisa do IBGE que acompanha os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro.

Outras pesquisas do IBGE — com metodologias diferentes e limitações comparativas — sugerem que a miséria está no menor nível desde, ao menos, o início da década de 80. O melhor momento até então havia sido em 2014, quando estava em 4,2%, a mesma proporção de maio deste ano.

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