A diretora regional da ONU Mulheres para
as Américas e o Caribe, a brasileira Luiza Carvalho, disse nesta segunda-feira
à Agência Efe que a organização está tentando “compreender melhor” como será a
cooperação com o Brasil a partir de janeiro, quando o presidente eleito Jair
Bolsonaro assume o cargo.
-- “Estamos tentando compreender melhor
como será nossa cooperação com o governo de Bolsonaro. Como poderíamos apoiar o
governo, e também as organizações da sociedade civil e os governos locais para
que possamos seguir avançando”, disse a brasileira durante a apresentação de um
estudo no Uruguai.
Em um vídeo que foi usado pela campanha de
Geraldo Alckmin (PSDB), Bolsonaro aparece insultando mulheres, entre elas uma
jornalista, chamada por ele de “idiota”. Outra gravação exibida é a discussão
do capitão da reserva com a deputada Maria do Rosário, chama pelo agora
presidente eleito de “vagabunda”.
Bolsonaro afirma que Maria do Rosário não
“merecia ser estuprada” por ser “muito feia”. O caso foi levado à Justiça e
está no Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente eleito já é réu no processo,
no qual é acusado de apologia ao crime de estupro e injúria.
As declarações machistas do então
candidato do PSL à presidência geraram o movimento “Ele Não”, liderado por
mulheres que saíram às ruas para protestar contra Bolsonaro.
Apesar das polêmicas, Luiza afirmou que a
ONU Mulheres espera que Bolsonaro “tenha todas as oportunidades de provar o
contrário que já disse”.
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