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Editorial: Rejeição mata candidaturas

Faltam exatamente dois meses para a onça beber água. O dia mais aguardado e 6 de outubro, dia em que as condutas serão testadas nas urnas.

Uma coisa importante na disputa é a rejeição dos candidatos ou candidatas.

Quando a eleição é municipal o julgamento é mais severo, dividido em três critérios:

- O candidato respeitado – que pode receber o voto de confiança.

- O candidato interessante – que desperta curiosidade e será observado.

- O candidato rejeitado – com o qual o eleitor não quer nem papo.

Quando o índice de rejeição for maior que a taxa de intenção de voto, é bom o sujeito botar a barba de molho.

A rejeição constitui uma predisposição negativa que o eleitor adquire e conserva em relação a determinados perfis.

Com a força da internet, os eleitores, cada vez mais racionais e críticos, não poupa os pontos fracos dos adversários.

O candidato há de montar no cavalo de sua própria identidade, e se aguentar na cela. Tem de ser o que é, com a cara e a coragem.

É erro grave querer mudar de imagem, querer ser bom cavalheiro, passando uma borracha no passado e maquiar em demasia o presente.

As vezes é melhor ser desconhecido do eleitorado do que ser conhecido, caso não tenha boa fama.

Exemplos em Carnaubais

Em 1988, Nelson Gregório que tinha ido jovem para o Rio de Janeiro voltou no período eleitoral para ser prefeito. Foi eleito com esmagadora maioria somando os votos dos três adversários.

Já na eleição seguinte, em 1992, Dr. Zenildo  foi repatriado para disputar as eleições em Carnaubais e deu uma surra de votos em Marlice, filha do líder Valdemar Campielo, prefeito duas vezes.

Para citar um exemplo mais recente, em 2012, Dinarte Diniz que não sabia nem pra que banda ficava Canto Comprido, quase desbanca Luizinho Cavalcante que desde menino buchudo fazia política em Carnaubais.

Em todas as disputas os derrotados carregavam forte rejeição, mesmo alguns derramando rios de dinheiro, fazendo acordões, deram com os burros n’água.

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