A Polícia Federal irá intimar Michelle Bolsonaro a prestar depoimento na investigação sobre um esquema de venda de bens dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagens oficiais.
O nome da
ex-primeira-dama aparece em troca de mensagens reveladas no inquérito, que
culminou no cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira
(11), no Rio, em São Paulo e em Brasília.
Na decisão que determinou as medidas, o ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cita uma mensagem enviada pelo
coronel Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro, ao tenente-coronel Mauro Cid,
ex-ajudante de ordens do mandatário.
“O que já foi, já foi. Mas se esse aqui tiver ainda a gente
certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a Dona Michelle;
então pra não ter problema”, diz transcrição do áudio.
Na representação, a PF afirmou que as conversas “revelam
que, apesar das restrições, possivelmente, outros presentes recebidos pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro podem ter sido desviados e vendidos sem respeitar
as restrições legais”.
O inquérito apontou que menos outros cinco itens que teriam sido negociados pelos funcionários de Bolsonaro e rendido pelo menos R$ 1 milhão. Entre eles, estão dois relógios, duas estátuas douradas – uma de barco e outra de palmeira – e um kit de joias que continha caneta, anel, abotoaduras e um rosário árabe.
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