Os temporais que atingiram os municípios do litoral de São
Paulo no último final de semana se tornaram o maior registrado na história do
Brasil.
De acordo com o Centro Nacional de Previsão de
Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado e
domingo resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião,
337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba e 234 mm em Caraguatatuba. Um milímetro
de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado.
Até então, o maior acumulado da história havia sido
registrado em Petrópolis, no Rio de Janeiro. No ano passado, a cidade foi
castigada com uma chuva de 530 milímetros em 24 horas, que vitimou 241 pessoas.
Antes, o maior índice identificado foi em Florianópolis, em 1991, com acumulado
de 400 mm em apenas um dia.
Aumento de casos
Os números mostram que as tragédias têm sido frequentes nos
últimos anos. Somente no Estado de São Paulo, 34 pessoas morreram no Guarujá em
2020, vítimas de deslizamentos depois de 121 mm de acumulado de chuva. Em 2014,
25 morreram, dois ficaram desaparecidos, 21 desabrigados e 332 pessoas
desalojadas, em Itaóca, no Vale do Ribeira, após 24 milímetros de chuva.
Áreas de risco
Mas não é apenas a intensidade das chuvas que provoca as
mortes. Os especialistas alertam que as vítimas dos temporais são, na maioria,
aquelas que vivem em áreas de risco de deslizamentos e em situações socialmente
vulneráveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário