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Mesmo reeleitos, deputados recebem R$ 39,3 mil para ajudar na “mudança”

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Os quatro deputados federais do RN que foram reeleitos em 2022 receberam em janeiro, da Câmara dos Deputados, uma “ajuda de custo” de R$ 39,3 mil para uma despesa que, na prática, eles não deveriam ter. O pagamento extra, equivalente ao valor do salário, foi feito pela Câmara para, em tese, ajudar os parlamentares na mudança – dos seus locais de origem para Brasília.

O pagamento do extra ocorreu no mesmo mês em que os salários dos deputados também sofreram reajuste – saindo de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil. Com isso, ao todo, os quatro parlamentares reeleitos já embolsaram diretamente mais de R$ 78,6 mil brutos no início do ano.

Uma nova parcela do benefício, novamente de R$ 39,3 mil, está prevista para entrar na próxima terça-feira (28). Desta vez, além dos reeleitos, também vão receber a ajuda de custo os quatro novos deputados do Estado, que tomaram posse em 1º de fevereiro: Fernando Mineiro (PT), Paulinho Freire (União Brasil), Robinson Faria (PL) e Sargento Gonçalves (PL).

O Portal 98 FM pediu aos quatro deputados reeleitos justificativas para o recebimento da verba. As mensagens foram disparadas para as assessorias de Benes Leocádio (União Brasil), General Girão (PL), João Maia (PL) e Natália Bonavides (PT).

Contra

Natália Bonavides afirmou que é contra o benefício e que, durante os debates sobre o tema no Congresso, se posicionou contra. “Fui uma das parlamentares do Estado que votou contra no debate desse decreto, e a única entre os reeleitos para a atual legislatura. Mas fui voto vencido. Por causa do decreto, os valores entram automaticamente para todos os parlamentares”, afirmou a deputada.

Ela complementa que segue sendo contra o benefício e que vai protocolar nos próximos dias um projeto para acabar com o auxílio. Apesar disso, ela não falou se vai devolver o dinheiro já depositado.

“Saideira”

Além dos quatro deputados reeleitos, os outros quatro parlamentares que não foram reeleitos para a Câmara em 2023 também receberam a verba em janeiro: Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PP), Rafael Motta (PSB) e Walter Alves (MDB). Neste caso, o benefício serve para ajudar a mudança contrária – de Brasília para o local de origem.

No ouro

Para mordomias de um deputado federal, o custo mensal é de ao menos R$ 213 mil, somados salário e as verbas relacionadas ao mandato.

Um comentário:

Borges disse...

É bum tapa na cara da sociedade mesmo viu, umas carniças dessas era pra ganhar um salário mínimo também, ou melhor ganhar ainda menos d q o trabalhador pq esses pestes "não todos" só servem é pra ferrar a vida da gente trabalhador