A poucos dias de Jair Bolsonaro (PL) deixar a
presidência e perder o foro privilegiado, a Polícia Federal concluiu um
inquérito apontando que o futuro ex-mandatário cometeu crimes que podem
levá-lo a prisão. A corporação, uma vez terminadas suas investigações,
encaminhou o caso nesta quarta-feira (28) para o ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde 2021, a Polícia Federal, a partir de relatório
produzido pela CPI da Pandemia no Senado, apura falas de Bolsonaro relacionadas
à Covid-19 e às vacinas. No documento final enviado a Moraes, a PF aponta que o
ainda presidente cometeu crimes em, ao menos, duas ocasiões: na declaração em
que associou os imunizantes à Aids e quando disse que as vítimas da gripe
espanhola morreram, em sua maioria, por conta do uso das máscaras.
A corporação diz que Bolsonaro cometeu
crime previsto do artigo 41 da Lei de Contravenções Penais, que trata
sobre "provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou
praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto", além da
incitação ao crime, delito que está previsto no artigo 286 do Código
Penal.
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