Polícia Civil de Porto do Mangue prendeu um
médico que atuava ilegalmente na linha de frente da Covid-19 no hospital do
município, nesta quinta-feira (11). O homem, formado em medicina no Paraguai, não
possuí Revalida - documento que autoriza formados fora do Brasil a atuar no
país - e utilizava o CRM de um médico de São Paulo.
O delegado Renato Oliveira, que comandou a
ação com mais quatro agentes, informou que o criminoso foi encaminhado para
delegacia de Areia Branca, onde permanece preso e responderá pelos crimes de
falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão.
A investigação do caso começou na
segunda-feira (8) após um médico de Natal denunciar que uma pessoa utilizava
seu CRM para atuar na unidade hospitalar de Porto do Mangue.
A Polícia Civil investiga, ainda, outros
cinco médicos, além da empresa que presta serviço terceirizado de profissionais
de saúde para o município. Segundo o delegado, um dos investigados é cunhado do
secretário de Saúde da cidade e não é formado em medicina.
O objetivo do inquérito policial é saber a
relação da Prefeitura com a empresa que fornece, por meio de contrato, médicos
para atuarem no Hospital Municipal, visto que a maioria destes profissionais
são formados em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, e não possuem
Revalida para atuar legalmente no Brasil.
O delegado Renato Oliveira revela que os
investigados utilizavam CRM de
médicos brasileiros e legalizados para se
cadastrarem no sistema de saúde de Porto do Mangue.
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