O governo federal acaba de anunciar novas
medidas para conter o prejuízo à economia por conta do avanço do coronavírus no
Brasil. O pacote é voltado para pequenas e médias empresas, com
faturamento anual entre 360 mil reais e 10 milhões de reais.
Haverá uma linha de crédito na ordem de 40
bilhões de reais (serão 20 bilhões de reais por mês) que se destina exclusivamente
para financiar dois meses de folhas de pagamento, com limite máximo de até dois
salários mínimos.
Por exemplo: se o salário do empregado é de
um salário mínimo (R$ 1.045), ele continuará ganhando o mesmo valor. Caso ele
receba três salários mínimos (R$ 3.135), porém, ele vai ganhar dois salários
mínimos (R$ 2.090) nesses dois meses ou ficará a cargo do empregador pagar a
diferença.
O programa será financiado pelo Tesouro
Nacional, que entrará com 17 bilhões de reais por mês, e pelos bancos privados,
que contribuirão com 3 bilhões de reais. O BNDES será responsável pela
operacionalização.
“Hoje em dia BC brasileiro não tem essa
capacidade, máximo que pode fazer é injetar liquidez no sistema”, afirma o
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a compra direta de
crédito, acrescentando que a iniciativa demanda a aprovação de uma emenda
constitucional.
A expectativa é que esse incentivo esteja
disponível para adesão em até duas semanas, disse. A linha de crédito foi
formulada pelo BC, Ministério da Economia e BNDES. “A medida vai beneficiar 1,4
milhão de empresas, com 2,2 milhões de funcionários”, diz Campos Neto.
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