O presidente está com ideia fixa na
reeleição. A três anos do pleito, deu início a uma busca insana por um vice.
Hamilton Mourão, que ocupa o posto no atual mandato, não deverá ser mantido para
2022, pois o presidente entende que o general não tem apelo popular.
Diante disso, o capitão reformado do Exército
optou por ter um civil como companheiro de chapa para o segundo mandato. Até
recentemente, o mandatário havia testado para a vaga apenas o ex-juiz Sergio
Moro, considerando que ele é o ministro mais popular do governo.
Nos últimos dias, no entanto, Bolsonaro
começou a se convencer de que precisa ter outras opções e resolveu colocar no
jogo o nome da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. Evangélica,
conservadora e mulher, Damares defende como ninguém as pautas de costumes tão
fundamentais para o bolsonarismo e ele está seguro de que ela pode ampliar sua
base entre os religiosos e nordestinos, já que seu discurso atinge com mais facilidade
as classes populares, especialmente D e E.
Além disso, a ministra já é a segunda mais
popular em seu ministério: passou Paulo Guedes (Economia) nas pesquisas feitas
no final do ano passado.
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