A Polícia Federal atribuiu ao presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade
ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro ao concluir inquérito
sobre supostos repasses da Odebrecht ao deputado e seu pai, o ex-prefeito do
Rio de Janeiro e atual vereador César Maia (DEM).
O relatório das investigações foi
finalizado em 22 de agosto e remetido ao relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, ministro Edson Fachin. Ele abriu prazo de 15 dias para que a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decida, com base nas provas
reunidas pela PF, se denuncia Maia ou arquiva o caso.
As investigações sobre Maia foram abertas
a partir da delação de executivos da Odebrecht, que apresentaram como provas
planilhas do chamado departamento de propinas do grupo. Nelas, Maia e o pai são
identificados por codinomes, como destinatários de recursos ilícitos.
Segundo o relatório da PF, o presidente da
Câmara e o ex-prefeito cometeram corrupção passiva ao solicitar e receber da
empreiteira doações indevidas em 2008, 2010, 2011 e 2014. A contrapartida seria
o exercício de influência do grupo sobre os dois e outros políticos fluminenses
em projetos de interesse da empresa.
Os recursos teriam sido entregues em
espécie, o chamado caixa dois, e também por meio de doações eleitorais do Grupo
Petrópolis, supostamente usado pela empreiteira para terceirizar suas
contribuições. É o que os investigadores chamam de caixa três.
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