O aumento do número de casos de raiva
diagnosticados em morcegos tem sido motivo de preocupação para a equipe técnica
do Programa Estadual de Controle da Raiva. A raiva é uma doença tão grave que
sua taxa de letalidade – a proporção entre o número de mortes pela doença e o
número total de doentes – é de aproximadamente 100%. Mais precisamente 99,9%
dos pacientes infectados pelo vírus que afeta o sistema nervoso vão a óbito.
A Sesap divulgou os dados da prevalência
da raiva animal em 2019 no RN com orientações para identificar
um morcego suspeito dessa doença e recomendações para prevenção da raiva.
Somente em 2019, até o dia 7 de março, já
foram diagnosticados nove animais positivos, sendo oito morcegos e um bovino.
Os morcegos oriundos de Macaíba, Nova
Cruz, Parnamirim, Santo Antônio e Caicó, e o bovino oriundo de João Câmara. Os
casos positivos de raiva em morcegos continuam aumentando acima da média dos últimos
cinco anos no Rio Grande do Norte, e o Programa Estadual de Controle da Raiva
da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) orienta os municípios a
fazerem o monitoramento dos casos e convida a população a ficar mais atenta às
formas de prevenção da doença.
Em 2018 foram diagnosticados
laboratorialmente 40 animais raivosos em 21 municípios do estado. Destes, 33
eram morcegos. As principais recomendações para evitar acidentes são: não
manipular esses animais e utilizar telas (redes de proteção) nas janelas de
apartamentos e prédios que ficam em locais arborizados. Em caso de dúvidas se o
morcego entrou no local ou não e se ocorreu contato, também é preciso buscar
assistência médica.
A orientação da Secretaria é para que as
vítimas de mordeduras procurem imediatamente a unidade de saúde mais próxima e
lavem o local com água corrente e sabão. Isso porque o vírus rábico é muito
sensível a agentes externos e essas medidas são fundamentais para a
sobrevivência das pessoas infectadas.
A doença é transmitida pela saliva do
animal infectado através da pele ou mucosas, seja por mordedura, arranhadura ou
lambedura. No Brasil, atualmente, os principais animais transmissores da raiva
ao homem são os morcegos e muitas mortes poderiam ser evitadas após os acidentes
caso fossem tomadas simples precauções.
Fonte: Assecom/Sesap
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