O governo de Jair Bolsonaro decidiu
estabelecer um escritório em Jerusalém para a promoção do comércio,
investimento, tecnologia e inovação. Trata-se de uma parte já existente na
embaixada brasileira em Tel Aviv, que permanecerá oficialmente nesta cidade.
Com a medida, anunciada neste domingo em
Israel, o presidente da República dribla a reação dentro de seu próprio
gabinete e dos países árabes a sua proposta original de mudar toda a
representação brasileira, que significaria o reconhecimento do Brasil da
soberania de Israel sobre Jerusalém.
A parcela mais substancial da embaixada,
dedicada ao relacionamento político entre os dois Estados, permanecerá em Tel
Aviv. Até a sexta-feira 29, o Palácio do Planalto mencionava a criação apenas
do escritório de comércio em Jerusalém.
O anúncio de uma estrutura mais encorpada
foi feito nesta tarde durante declaração à imprensa do presidente Bolsonaro e
do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em sua residência
oficial.
Netanyahu não deixou transparecer
desapontamento com o recuo do Brasil em transferir toda a sua embaixada para
Jerusalém. Afirmou que esse é o “primeiro passo” para a mudança integral.
Bolsonaro atribuiu a solução salomônica ao general Augusto Heleno, ministro do
Gabinete de Segurança institucional.
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