A paralisação dos caminhoneiros chamou a atenção
para o preço alto dos combustíveis no país. É importante entender as causas do
problema.
Existe uma bronca geral contra a Petrobras, que
andou reajustando a gasolina e o diesel quase todo dia. Até é possível mudar
essa prática, mas, se o petróleo continuar subindo no mundo, não dá para fazer
milagre.
Segurar os preços no Brasil pode até causar um
alívio temporário para os consumidores, mas no final das contas vira prejuízo
da empresa, que estoura na mão dos contribuintes.
É verdade que os combustíveis aqui custam mais do
que em outros lugares, como os Estados Unidos. O motivo principal são os impostos,
e esse é o desafio a ser enfrentado.
Os tributos federais e estaduais representam 44% do
preço da gasolina e 28% do que se paga pelo diesel. É muita coisa.
Isso acontece porque no Brasil se taxa demais o
consumo, e pouco a renda dos mais ricos.
Só que não é possível para mudar essa situação da
noite para o dia. Os governos dependem da grana dos impostos, e eles são altos
sobre quase todas as mercadorias e serviços.
Não é à toa que ninguém vê governadores falando,
por exemplo, em baixar o ICMS (que é o tributo de maior arrecadação no país) da
gasolina ou do diesel.
Esse é um problema que os políticos vêm empurrando
com a barriga há décadas, porque ninguém quer perder receita.
A alternativa seria cobrar mais Imposto de Renda de
quem ganha mais, mas pouca gente se anima a mexer nesse maribondo!
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