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O assunto é: Crise nos Correios se agrava e privatização prejudicará pequenas cidades

Lamentável o que aconteceu com os Correios desde meados dos anos 2000, quando a empresa virou moeda de troca dos políticos: seus “afilhados” que a assumiram, incompetentes e corruptos, expandiram a empresa “na marra”, a encheram de indicados políticos para cargos chaves e de funcionários “temporários” descompromissados com a qualidade do serviço. 

Deu no que deu. 

Mas a crise atual dos Correios não pode ser tratada e resolvida com a rispidez de atos impensados. Se apoiarmos cegamente sua privatização podemos engrossar “involuntariamente” uma “corrente de apoio” a “tubarões” que querem assumir apenas o “filé mignon” dos serviços postais no Brasil.

O “filé mignon” a que me refiro são as cargas e encomendas postais expressas hoje dominadas pelos Correios graças a sua ampla infraestrutura (pessoal, veículos, sedes, armazéns, etc.) espalhada por todo o país, desde cidades com pouco mais de 1 mil habitantes às metrópoles com milhões.

Os “tubarões” interessados na privatização dos Correios – que o querem fora desse mercado lucrativo – são grandes empresas de transporte aéreo e rodoviário que “só tem olhos” para esses serviços postais altamente rentáveis.

E apenas nos locais onde elas tem infraestrutura consolidada: capitais e outras grandes cidades para onde voam seus aviões e chegam com regularidade seus caminhões. São rotas antigas e consolidadas.

Os serviços postais de entrega de cartas e miudezas do gênero (contas, avisos e similares) seguramente estão fora do interesse desses “tubarões” porque é quase certo que dão prejuízo ou quando dão retorno, é muito baixo, insignificante para o “olho gordo” dessas empresas.

E quem seria prejudicado com a privatização dos Correios?

Segundo o IBGE, dos 5.570 municípios brasileiros, 2.451 (44% do total) tem menos de 10 mil habitantes. Grande parte deles tem agências dos Correios e quase nenhum deles tem, e provavelmente nunca terá, filiais de grandes ou pequenas empresas de logística de entrega de cargas e encomendas.

Por isso, antes de você sair gritando que apoia cegamente a privatização dos Correios, você deve tentar responder a pergunta abaixo:

– Quem atenderá cidades pequenas no Brasil? 


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