As eleições do ano passado proporcionaram
a maior taxa de renovação do Congresso Nacional dos últimos 30 anos, em torno
de 50%, mas não interferiram em algumas práticas tão combatidas pelos novos
parlamentares durante a campanha.
O auxílio-moradia, concedido por ambas as
Casas, é um exemplo disso: só 7% deputados e senadores (43 dos 594) abrem mão
atualmente do uso do imóvel funcional ou de repasses em dinheiro para pagar as
noites em que passam em Brasília.
O custo desses auxílios mensais previstos
em lei já passou de R$ 4,6 milhões de fevereiro a agosto. Ao menos R$ 21
milhões ainda são gastos anualmente com a manutenção dos 504 imóveis funcionais
do Legislativo Federal. São 411 parlamentares hoje que usufruem desse direito.
Outros 119 recebem até R$ 5,5 mil para ajudar nas despesas com hospedagem.
A Câmara nem sequer exige a comprovação do
uso da verba. Neste caso, porém, o deputado tem descontado no auxílio o imposto
de renda, o que reduz o valor em 27%, passando de R$ 4,2 mil para R$ 3,1 mil. Já
no Senado, o modelo aceito é só via reembolso. O senador paga uma conta de
hotel, por exemplo, apresenta a nota fiscal e recebe o ressarcimento.
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