Sergio
Moro já foi uma quase unanimidade no país, quando era o herói da Lava-Jato, a
operação que mudou a história da luta contra a corrupção no Brasil.
Os inimigos, que eram poucos na época em que
er oca em que era juiz em Curitiba – basicamente os afetados por suas decisões
-, começaram a aumentar quando ele foi para o governo Jair Bolsonaro e, mais
ainda, depois que ele saiu atirando contra o presidente e despertando a ira do
bolsonarismo.
Agora, mais do que inimigos, o ex-ministro
começa a acumular reveses na Justiça. O último foi na quarta-feira 26, quando o
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que referendou a maioria de suas
decisões de primeira instância, absolveu por falta de provas – e por
unanimidade – o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que chegou a ficar preso
por sete meses, sentenciado por recebimento de caixa dois na eleição de 2010.
LULA
Essa mesma Segunda Turma irá avaliar,
provavelmente ainda este ano, um recurso do réu mais famoso sentenciado por
Moro: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz a mesma acusação feita
pelo doleiro: que o então juiz agiu com parcialidade ao condená-lo – no caso,
no processo envolvendo um tríplex no Guarujá – à prisão, onde ficou por 580
dias.
Se o colegiado entender que Moro é realmente
suspeito – e dependendo da extensão dessa decisão –, Lula, que teve a sua
condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro confirmada pelo TRF4 e pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ), pode até recuperar os seus direitos
políticos.