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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O ex-juiz Sergio Moro em meio à tempestade

Sergio Moro já foi uma quase unanimidade no país, quando era o herói da Lava-Jato, a operação que mudou a história da luta contra a corrupção no Brasil.

Os inimigos, que eram poucos na época em que er oca em que era juiz em Curitiba – basicamente os afetados por suas decisões -, começaram a aumentar quando ele foi para o governo Jair Bolsonaro e, mais ainda, depois que ele saiu atirando contra o presidente e despertando a ira do bolsonarismo.

Agora, mais do que inimigos, o ex-ministro começa a acumular reveses na Justiça. O último foi na quarta-feira 26, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que referendou a maioria de suas decisões de primeira instância, absolveu por falta de provas – e por unanimidade – o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que chegou a ficar preso por sete meses, sentenciado por recebimento de caixa dois na eleição de 2010.

LULA

Essa mesma Segunda Turma irá avaliar, provavelmente ainda este ano, um recurso do réu mais famoso sentenciado por Moro: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz a mesma acusação feita pelo doleiro: que o então juiz agiu com parcialidade ao condená-lo – no caso, no processo envolvendo um tríplex no Guarujá – à prisão, onde ficou por 580 dias.

Se o colegiado entender que Moro é realmente suspeito – e dependendo da extensão dessa decisão –, Lula, que teve a sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro confirmada pelo TRF4 e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pode até recuperar os seus direitos políticos.