Obama e Raúl Castro se cumprimentam no velório de Nelson Mandela: conversas sobre retomada de relações vinham acontecendo secretamente. |
Numa decisão amadurecida por 18 meses, em encontros secretos no Canadá e no
Vaticano, Estados Unidos e Cuba colocaram nesta quarta-feira fim a 53 anos de
hostilidades e ao último capítulo vívido da Guerra Fria no continente.
Em
discursos simultâneos, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram a
retomada das relações diplomáticas, a abertura de embaixadas em Washington e
Havana e a retirada da ilha da lista americana de países que apoiam o terrorismo,
abrindo espaço para o governo cubano tomar financiamentos no exterior e
expandir negócios e investimentos.
Os
EUA decidiram ainda suavizar ou acabar com restrições a viagens e remessas de
dinheiro e liberar várias transações financeiras e comerciais.
A
base do acordo foi a liberação do
terceirizado americano Alan Gross, preso desde 2009 por espionagem em Cuba, e
de um agente da Inteligência detido há 20 anos em Havana, pelo qual Obama
trocou três espiões.
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