Foto arquivo da sede-palácio Valdecir Medeiros. |
Da redação – causos políticos
Tendo dado sua contribuição na campanha de Giovanni Wanderley em 1982, Nelson Gregório mostrou influência e ganhou fama por ter boas condições financeiras e patrimônio adquirido com seu trabalho no Rio de Janeiro.
Logo se projetou para ser o sucessor na campanha seguinte de 88. Mas não foi fácil.
Como não havia reeleição, Giovani, queria emplacar outro nomes e todos sabiam que ele desejava candidatar seu amigo Chico Mariano.
Houve uma reação geral no grupo político. O vereador Dioclécio Soares, Ezaú Martins e o pessoal de Porto do Mangue bateram o pé e não abriram da indicação de Nelson Gregório como o candidato da situação.
O nome de Nelson já estava na boca do povo e o prefeito se dobrou a vontade do grupo.
Durante a campanha Nelson Gregório chegava na casa do eleitor e dizia que sendo eleito ia governar Carnaubais com duas cadeiras, uma para ele prefeito e outra para Giovanni por reconhecimento de gratidão.
Deu tudo certo. Nelson saiu das urnas como bicho papão. Teve mais votos do que os três adversários juntos: Berg Barreto, Aluízio Lacerda e Valdecir Medeiros.
Depois da posse Nelson deu pinta de que não iria cumprir a promessa das duas cadeiras. Um mês depois, nada ainda.
Certo dia um eleitor que transitava na sede palaciana indagou: - Seu Nelson o senhor colocou apenas sua cadeira, faltou a de Giovanni.
Ironicamente ele respondeu: - engano seu, a minha ficou do lado de dentro no gabinete e a de Giovanni é lá fora na sombra da faixada da prefeitura.
Nelson costumava dizer que puxava o tapete de quem vacilasse com ele, e assim fez com muitos que dizia lhe apoiar e por trás queria passar a perna.
Para os metidos a espertos ele dizia: - “Quando você vinha com o caju, eu já ia voltando com as castanhas”.
Moral da história: a união de Nelson e Giovani se desfez antes do carnaval.
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