O Rio Grande do Norte tem 372 mil pessoas analfabetas. Desse total, 184 mil têm idade de 60 anos ou mais, o que representa quase metade dos analfabetos do estado.
A concentração de analfabetos na faixa mais idosa da população é uma característica nacional. Dos 11 milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever, 6 milhões têm pelo menos 60 anos de idade.
Entre 2016 e 2019, o percentual de analfabetos no Rio Grande do Norte diminuiu 5,6 pontos percentuais entre as pessoas acima de 60 anos, chegando a 33% do total da população nessa faixa. Mas nem sempre essa redução é resultado de uma política pública.
-- “Os analfabetos continuam concentrados entre os mais velhos e mudanças na taxa de analfabetismo para esse grupo se dão, em grande parte, devido às questões demográficas como, por exemplo, o envelhecimento da população alfabetizada”, conforme publicação informativa da PNAD Contínua Educação 2019.
No recorte por cor ou raça, o analfabetismo
do RN diminuiu entre pessoas brancas com mais de 60 anos de idade. Em 2016, a
taxa era de 33,5% e passou para 23,7% em 2019. A taxa entre pessoas pretas e
pardas manteve-se estável em 39% nesse período.
Educação infantil: RN tem terceira
maior taxa de escolarização do Brasil
A taxa de escolarização é o percentual de
estudantes de determinada faixa etária no total de pessoas dessa mesma faixa
etária. O Rio Grande do Norte tem a terceira maior taxa de escolarização das
crianças de 0 a 5 anos entre as unidades da federação: 59,4% das crianças nessa
faixa etária frequentavam escola ou creche em 2019. O Estado é o único do
Nordeste a apresentar taxa acima da média nacional, que é de 55,6%. Essa taxa
de 59,4% também significa que a proporção de crianças potiguares de 0 a 5 anos
que frequentam escola é menor apenas que as dos estados de São Paulo (65,1%) e
Santa Catarina (67,1%).
Anos de estudo da população adulta: RN
abaixo da média nacional
A taxa de escolaridade da população adulta
representa um parâmetro internacional para avaliar o acesso à educação em
determinado território. “Idealmente as pessoas de 25 anos ou mais de idade
deveriam ter atingido, no mínimo, o nível de escolaridade correspondente ao
ensino médio completo, ou seja, média de 11 anos de estudo”, (IBGE, 2015). No
Rio Grande do Norte, o número médio de anos de estudo da população dessa faixa
etária é 8,5 anos; no Brasil, 9,4 anos. Nesse sentido, o estado
norte-rio-grandense encontra-se abaixo da média nacional, que também é inferior
ao ideal de 11 anos, que se verificou apenas no Distrito Federal, com média de
anos 11,5 anos.
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