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Lições da história: como terminam as pandemias e por que a covid-19 preocupa tanto



Seis meses após a descoberta do novo coronavírus, cientistas correm contra o tempo para desenvolver uma vacina eficaz. A história da medicina, no entanto, mostra que a erradicação de uma doença pandêmica é um acontecimento raro e, no caso da covid-19, pouco provável.

De todas as doenças infecciosas que causaram pandemias, apenas a varíola foi erradicada, em 1980. As demais foram controladas por meio da imunização de rebanho, de medidas de prevenção, ou simplesmente se tornaram menos letais após mutações no vírus causador.

Professor emérito de História da Medicina na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, Frank Snowden lembra que o que possibilitou a erradicação da varíola era a ausência de um hospedeiro animal:

- “Agora, temos uma doença [covid-19] que veio de animais, por isso sempre haverá o risco de que ela seja transmitida novamente. Então, é improvável que consigamos erradicá-la”.

Mais de 6,2 milhões de pessoas já foram identificadas com o novo coronavírus nos cinco continentes. A doença causou 373 mil mortes até o momento, e metade delas ocorreram nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Itália e no Brasil.

ATÉ QUANDO?

Não há como prever o tempo de duração de uma pandemia. A de gripe suína, por exemplo, durou cerca de 20 meses e terminou oficialmente em 10 de agosto de 2010. Naquele dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que o mundo havia superado o estágio 6, ou seja, a última etapa de alerta pandêmico.

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