Faz
quase uma semana que a Região Metropolitana de Natal não tem mais leitos de
UTIs disponíveis. Seu José Ribamar estava internado há duas
semanas numa UPA de Natal, na fila de espera por uma UTI. Com a unidade lotada,
chegou a ser acomodado numa cadeira de rodas. Ele não resistiu.
“Acabei perdendo meu pai por negligência do
estado e do município", acusa a filha.
Seu João também morreu sem a assistência de
que precisava. A família conseguiu, na Justiça, uma vaga de UTI, mas o governo
do estado disse que não havia vagas nem na rede pública nem na particular.
“Não deu tempo de salvar meu pai. Eu só
queria uma UTI. Eu só queria salvar meu pai. Só isso. Não foi possível",
lamenta a filha dele, Janaína Fidélis.
Sem leitos de UTI para Covid-19 disponíveis
na rede pública da Região Metropolitana de Natal e com a taxa de isolamento
social abaixo da meta, o governo do RN suspendeu a reabertura do comércio que
estava prevista para esta quarta-feira (17) e adiou para a quarta da próxima
semana (24). Ainda assim, isso vai depender da ocupação nos hospitais.
“A gente precisa fazer esse dever de casa de
expansão de leitos, para que, no dia 24, finalmente, a gente comece a retomada
da economia", afirma Carlos Eduardo Xavier, secretário de Tributação do
estado.
Nesta terça (16), a Secretaria de Saúde de
Natal começou a testar pessoas de grupos de risco. Uma fila grande se formou
para a testagem no sistema drive thru. Foi preciso paciência. - "Para os idosos, passar mais de três
horas, quatro, dentro de um carro, é meio complicado", reclamou uma
motorista.
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