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Os últimos dias do Ministério do Trabalho, criado por Vargas há 88 anos e extinto por Bolsonaro

Nos corredores do ministério, ainda não se sabe se os funcionários vão mudar de lugar. Na quarta-feira 2, primeiro dia de expediente em 2019, o letreiro na frente do prédio, que carregava os dizeres “Ministério do Trabalho” e “Ministério da Fazenda”, foi retirado. Agora, o prédio ostentará apenas o nome do Ministério da Economia.




























 
Criado em 26 de novembro de 1930 por Getulio Vargas, o Ministério de Trabalho viu seu atestado de óbito ser assinado no dia 1º de janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, na forma de uma Medida Provisória.

No dia 28 de dezembro, a pasta teve seu último dia de vida como um órgão independente. Não houve choro, nem vela, nem bolo de despedida. Funcionários terceirizados cochichavam discretamente sobre o possível e provável fim de seus empregos.

O clima era de resignação, e não desespero. Os corredores estavam vazios, como em todos os demais prédios da Esplanada dos Ministérios em Brasília.

Na véspera de Ano-Novo, a preocupação era quando acabaria o plantão e começariam os festejos de fim de ano com familiares e amigos. O futuro estava incerto e não valia a pena discuti-lo.

Na Medida Provisória editada por Bolsonaro em seu primeiro dia de governo, o ministério se dividiu em três. Imigração e Registro Sindical ficaram sob o chapéu de Sergio Moro, no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Subsecretaria e o Conselho de Economia Solidária será responsabilidade de Osmar Terra, ministro da Cidadania.

Todas as demais funções do órgão serão absorvidas pelo Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

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