Nesta
quinta-feira (24), os postos de combustíveis de Natal amanhecerão com panos
pretos envolvendo as colunas de suas fachadas e estruturas. A atitude é uma
forma que o segmento varejista encontrou para marcar posição com relação à
atual política de preços dos combustíveis no Brasil que, aliada a uma carga
tributária extremamente injusta e pesada, tem sido a grande responsável pela
disparada nos preços da gasolina, do diesel e até o etanol nos últimos
meses.
Hoje,
por decisão do Governo Federal, a política de preços no país autoriza o repasse
imediato às refinarias – e consequentemente às distribuidoras e aos postos – da
variação do preço do barril de petróleo no mercado internacional, que além de
estar sujeita à variações ligadas a intempéries políticas ainda é dolarizada
(refletindo, portanto, a variação cambial Dólar/Real). Com isso, os preços têm
ficado cada vez mais proibitivos e o consumidor tem sido obrigado a reduzir o
consumo e os postos já amargam quedas consideráveis nas vendas.
-- “A
maioria da população, felizmente, já tem consciência de que os revendedores são
tão vítimas quanto os consumidores de todo este contexto. Para se ter uma
ideia, somados, impostos, produção (refinarias) e distribuidoras ficam, em
média, com 90% de todo o preço final da gasolina e do diesel, por exemplo. A
margem bruta dos postos não passa de 10%, e desse montante ainda temos que
custear itens como mão de obra, eletricidade e equipamentos. O que sustenta o
nosso segmento é o volume de vendas, que precisa ser alto para equilibrar o
negócio. Quando os preços sobem de forma absurda como agora, as vendas
despencam. Por isso estamos de luto. Por todo este modelo que penaliza a nós e
ao consumidor”, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de
Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos RN), Antonio Cardoso Sales.
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