(Foto: Igor Jácome/G1)
Comecei
a traficar para não roubar”. A frase é de Edvânia Emanoela de Oliveira Trajano,
que tem 18 anos e há dois meses está presa no Centro de Detenção Provisória de
Parnamirim, por tráfico de drogas.
Grávida
de sete meses do segundo filho, a menina deixou o primeiro, que tem três anos,
sob os cuidados da mãe dela. O pai das crianças também está em uma unidade
prisional, também por tráfico. Os dois foram detidos juntos.
O
número de mulheres presas no Rio Grande do Norte quase dobrou em dez anos, de
acordo com os dados do Ministério da Justiça e da Secretaria de Estado da
Justiça e da Cidadania (Sejuc).
Para
a Defensoria Pública do Estado, a cooptação das facções criminosas e a política
de “encarceramento em massa” têm contribuído para o aumento da população carcerária
feminina. Porém o que mais leva as mulheres para a cadeia são as influências e
coações de companheiros. Assim como foi com Edvânia.
Segundo
dados do MJ, no ano de 2008 havia 283 mulheres presas no Rio Grande do Norte.
Em 2018, de acordo com a Sejuc, são 518 internas. O aumento é de 45,3% na
década.
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