"Meu filho começou a berrar: 'Pai, nós vamos morrer'",
lembra o comerciante vascaíno
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Ele
estava na arquibancada da Arena Joinville com o filho Igor, de 11 anos, quando
começou a briga entre as torcidas durante a partida
entre Vasco e Atlético-PR, no último domingo.
Era
a primeira vez que o garoto via um "jogo grande" de perto, com times
da Série A, conta Meneghelli.
Os dois viajaram 150 quilômetros de carro de
Apiúna (SC), cidade com cerca de 10 mil habitantes onde moram, até o estádio,
em Joinville.
Ficaram no mesmo setor onde estavam as
torcidas organizadas do Vasco e não conseguiram escapar quando a pancadaria
começou.
"Eu só via uma saída, mas não conseguia
chegar lá. Todos começaram a correr. Procurei um canto e fiquei parado. Tentei
me proteger e acalmar meu filho", conta o pai.
No meio da confusão, pediu a Deus para que nada de
grave acontecesse. Um torcedor do Atlético-PR tentou acalmá-lo: "O negócio
não é contigo".
Na primeira oportunidade que teve, depois que
a intervenção policial reduziu a intensidade do confronto, Meneghelli pulou um
alambrado com o filho e deixou o estádio. Estava, como diz,
"aterrorizado".
Meneghelli decidiu que nunca mais levará o
garoto a um estádio, apesar de o filho jogar futsal e querer ser jogador
profissional.
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