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Nem sal grosso resolve: Ex-prefeitos Dr. Thiago, Luizinho e Giovanni na praia de Pedra Grande, juntos e misturados. |
Da redação.
O famoso senador Vitorino Freire, conhecido por sua
agressividade e implacável tratamento com os opositores, dizia que "adversário, quando não tem rabo, a gente
bota". Frase terrível. Mas tem um
fundo de verdade.
A mesma sordidez que um político tem para sujar o outro, também serve ao contrário quando se é aliado, se tiver defeito ele tira.
A foto acima mostra que a política é mesmo cruel. No joguinho
de interesses, o camarada mata e cura, esfola e costura, enterra e desenterra, bate e apanha.
Inevitavelmente, na carne ficam as cicatrizes dos golpes sofridos. É duro fingir que as flechadas era só de brincadeira, era coisa da política e aceita
que dói menos.
Bom, mas não se pode tirar o mérito de ter juntos três
ex-prefeitos, nada contra os ex-prefeitos, apenas discordâncias. Cada um sabe o
que passou pra chegar no cargo mais cobiçado da cidade.
Quem já conseguiu diz que a cadeira é quente. Depois que
senta nela aparece amigos de todo jeito, e por outro lado, também não faltam chibatadas,
as injúrias, falsidades e ingratidões que fazem parte do pacote. Apesar das
mordomias que o status oferece, nem tudo são flores e depois que o mandato
termina a conta chega.
Eu acompanhei a história e conheço de perto como começou
e terminou a saga dos três comandantes.
Giovanni viu tocha com os adversários lhe azucrinando, inventaram
até uma história do carro preto que a qualquer hora levaria o pro xilindró. Isso
nunca aconteceu. Porém, o filho de Alcides Wanderley teve de se contentar com seu
único mandato de seis anos.
Findou dando guarida aos seus algozes, primeiro deixou o
ferrenho Berg Barreto se deleitar na sua piscina. O povo não engoliu esse
acordo político.
Depois abriu as portas da sua mansão para Luizinho do PT, que
fez oposição sistemática com radicalismo
panfletário, confrontou na época o poderoso “Gió.
Na campanha de 1996, já com a carreira política arrasada, o
vaidoso ex-prefeito entregou seu espólio eleitoral ao filho de Antonio de Joana.
Ao abraçar o “revolucionário”, acabou de morrer politicamente. Passou sua liderança
para Luizinho que mesmo com a derrota para Nelson Gregório, criou sangue para
chegar a prefeitura na eleição seguinte.
Ao subir no pico da montanha, após 20 anos de escalada, ficou
vaidoso e caiu feito imbu maduro. Teve o mandato decepado pela corte eleitoral.
Dr. Thiago, diferente dos outros, não teve de ralar muito
pra chegar no palácio. Pegou quase de bandeja a prefeitura. Só que durante o mandato teve contra si uma
artilharia pesada, enfrentou duas frentes que usaram toda munição para
derruba-lo. Terminou afastado por força da justiça.
Teria muitas coisas pra detalhar, mas pra não esticar o texto vou para os finalmentes...
Os três não são marinheiros de primeira viagem, sabem que o oceano não está pra peixe.
Conhecem bem o poder da caneta. Resta fazer como os grandes piratas, navegar na bravura do mar. Não tem outro jeito,
Em tempo
Só um lembrete: nas últimas eleições a praia da Pedra
Grande tem virado um muro das lamentações. Pelo resultado das últimas eleições, podemos concluir que nem
banho de sal grosso tem dado sorte aos ex-prefeitos.
Porém, os mais velhos costumavam dizer que a esperança é a última que morre!