Da redação.
Pelo menos três cidades no Vale do Açu passaram por
instabilidade política, com prefeitos eleitos em 2020 enfrentando o risco de
terem o mandato cassado.
Desde o último pleito, dois municípios da região já tiveram
trocas no Executivo, inclusive com eleições suplementares para ocupação do cargo,
como foi o caso de Ipanguaçu que elegeu Remo Fonseca prefeito, também alvo de denúncias
na instância eleitoral.
Em Porto do Mangue as ações do Ministério Público do RN e
também, em caso específico, dos vereadores que abriram processo de impeachment contra
o prefeito, resultaram no afastamento de Sael que conseguiu voltar ao poder por força
de liminar, sob risco de sofrer novas penalidades.
Um dos casos recentes de “guerra judicial” ocorreu em Assú, numa ação do Ministério Público pedindo a cassação do prefeito Gustavo
Soares reeleito sob suspeita de abuso de poder.
A vice-prefeita Fabielle
Bezerra em meio ao processo de cassação da chapa, desfez aliança e anunciou
rompimento político com o prefeito.
A decisão desfavorável na comarca local foi invertida no TRE/RN. E pelo jeito as investigações não vão seguir para julgamento na instância eleitoral superior,
pelo menos se depender da vontade do principal opositor Ivan Junior que perdeu a
eleição por apenas 5 votos.
De olho em 2024
Sem direito a concorrer a um novo mandato, Dr. Gustavo já prepara a toque de caixa o primo Lula Soares para sucede-lo. Com
a caneta cheia de tinta, o que se ver é uma enxurrada de nomeações nos cargos criados
na prefeitura.
Comandando a oposição, o ex-prefeito Ivan Junior vai se preparando
para enfrentar a máquina. A missão é difícil, ainda mais pelo histórico conservador
da cidade que ele já governou durante oito anos. Porém, não desanima e espera destronar
os Soares nas urnas.
Porto do Mangue
O afastamento do prefeito Sael e ascensão
do vice Faustino ao cargo criou um novo cenário político na cidade. Durante o revezamento
na cadeira, o “Dino” criou musculatura e se credenciou para a disputa em 2024. Fora
do cargo precisará de muita habilidade para manter a base opositora unida. Tem esperança
de reassumir a prefeitura.
Por outro lado, Dra. Rosa caminha para concorrer e já assumiu
a pré-candidatura com coragem e ousadia. Foi a única liderança que se manteve alinhada
a Sael durante todo o período que esteve afastado. Se prevalecer o critério de coerência
ela merece e deverá ter o apoio do atual mandatário.
Alto do Rodrigues -
Sem as trepidações jurídicas que ocorreram
durante a gestão passada e elevaram Nixon Baracho ao cargo de prefeito, tendo usado
a prerrogativa da reeleição em 2020, terá de passar o bastão para o sucessor. E
se tratando desse assunto o povo altorodriguense é quase unânime em apontar Abelardo
como futuro prefeito.
O “Papai” com toda experiência de hexa campeão aguarda a hora
certa para apresentar seu melhor projeto e certamente manter a liderança consolidada
há quatro décadas.
O atual vice-prefeito Abelardo Neto é o herdeiro e condutor dessa
hegemonia política no município fundado por Joaquim Rodrigues.