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O País enfrenta agora o que especialistas consideram a quarta onda de covid. |
Em pouco mais de um mês, o país registrou uma alta de 78,3%
nos registros de novos casos. Em 26 de abril, os dados mostravam uma média
móvel de 14.600 novos diagnósticos nos últimos sete dias. Já em 31 de maio, o
número saltou para 26.032.
"Estamos observando esse processo desde metade de
abril, mas com um ritmo maior agora. É o início de uma quarta onda, mas
felizmente ainda não se compara ao que o Brasil já passou", diz Fernando
Spilki, virologista e coordenador da Rede Corona-Ômica do MCTI (Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovações), que monitora e sequencia o genoma do vírus
circulante no país.
A presença de variantes com alta transmissibilidade, o
relaxamento de medidas preventivas e a redução da imunidade contra a covid-19
meses após a vacinação são fatores que explicam o aumento de casos. Ao mesmo
tempo, com a vacinação avançada, casos não têm mesma gravidade de ondas anteriores.
A maior desde 24 de março
O Brasil registrou nesta quinta-feira 41.714 casos de
Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 31.099.823 infectados pelo
coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 32.983
diagnósticos positivos, a maior desde 24 de março, quando o índice foi de
34.145. O número é 138% maior que o cálculo de 15 dias atrás, o que demonstra
tendência de alta pelo sétimo dia consecutivo.
O país também registrou 130 mortes por Covid-19, elevando
para 666.978 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. Já a média
móvel foi de 104 óbitos. O número registrado é 5% menor que o cálculo de duas
semanas atrás, o que demonstra tendência de estabilidade há 11 dias
consecutivos. Dez estados não registraram mortes nas últimas 24 horas.