Casas, apartamentos, dinheiro, contas
bancárias, prédios comerciais, fazendas ou sítios, rebanhos, veículos e
embarcações, empresas e ações. Segundo dados da Justiça Eleitoral, juntos, os
mais de 10 mil candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador no RN declararam
bens que superam R$ 1 bilhão em 2020.
Há ricos e outros que não têm nada. Mas
alguns candidatos chamam atenção por serem específicos demais na declaração das
suas posses. Na lista, há itens curiosos como galinhas, um burro, paredões de
som, bicicletas, celular e até aparelhos para exames médicos, como um
ultrassom.
Um candidato de Extremoz registrou a posse de
três galinhas polonesas, que, segundo ele, custam R$ 300. Também há pelo menos
outros quatro candidatos que disseram ter entre 50 e 60 galinhas, cada.
Outro candidato, dessa vez de Martins,
registrou uma bicicleta de R$ 100, enquanto outros cinco declararam
"magrelas" mais caras, superando até os R$ 2 mil.
Um concorrente de Triunfo Potiguar declarou à
Justiça o seu aparelho celular e um computador. Já em Galinhos, um dos
candidatos listou sua rede de pesca.
Pelo menos três candidatos, sendo dois de
Mossoró e um de João Câmara, declararam ter paredões de som. O mais barato
custa R$ 8 mil e o mais valioso, R$ 20 mil. Além deles, outras pessoas
declararam possuir caixas de som automotivo. Em Natal, um candidato registrou
sua "kombi de som ano 1990".
Para o advogado e professor de direito
eleitoral Abraão Lopes é importante que os candidatos avaliem se os bens
possuem alguma relevância econômica ou possam, de alguma forma, ser usados na
campanha eleitoral.
"Quando se trata de um valor ínfimo, ai
não há necessidade de declaração, porque não tem impacto fiscal nem pode ter
impacto na campanha eleitoral", considerou. G1RN.