REALIDADE: Cidades ricas em petróleo patinam, sem esgoto e sem avanço social

Em Alto do Rodrigues, por exemplo, a população convive com a falta de rede de esgotos, um problema que se arrasta há anos. No período do inverno a situação fica insuportável. Foto arquivo - 2024. 

Da redação. 

Em 15 anos, o repasse dos royalties do petróleo para o Rio Grande do Norte cresceu 83,53%, segundo levantamento consolidado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Outro fato que é notório a cada mês é a oscilação registrada na arrecadação de royalties entre os municípios produtores de petróleo. Enquanto algumas cidades tiveram um aumento generoso, outras sofreram quedas bruscas. 

Entre os municípios que mais cresceram na arrecadação está Grossos, maior beneficiário, invertendo sua posição de 21º colocado em 2024 para primeiro este ano.

Em setembro o repasse da ANP para Grossos foi de R$ 5.698.414,38. Uma boa bufunfa para um município com menos de 10 mil habitantes que carecem de assistência básica. 

Foto arquivo. 

Já Alto teve uma redução pesada, após anos recebendo acima de R$ 4 milhões mensais, caiu da primeira para quarto lugar com R$ 2.378.044,68. Embora ainda seja muito dinheiro acumulado para uma cidade do porte pequeno.

Um caso que chama atenção é Guamaré que durante décadas foi chamada de ‘terra do ouro negro’, navegava em dinheiro e hoje recebe uma merreca, pouco mais de R$ 200 mil por mês. Por lá, os repasses reduziram em quase 90% nos últimos cinco anos.

Aplicação

Os royalties são considerados fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios potiguares, porém na prática a realidade é outra.

A situação das cidades em relação ao tercido social mostra a pouca eficácia da aplicação dos royalties, Por lei, 75% dos valores devem ser destinados à educação e 25% à saúde.

Nos municípios que mais recebem dinheiro do petróleo percebe-se que a prefeitura gasta muito e o que se ver e muito pouco.

O alto índice de indigência faz doer o coração!