27 de jul. de 2025

Nada melhor do que um dia atrás do outro!

Antes de discorrer sobre alguns fatos, devo lembrar: quem não respeita a opinião dos outros, não pode ter as suas consideradas.

Vamos lá! Já vi de quase tudo na política de carnaubaense, sendo a promiscuidade uma das coisas mais patéticas no tabuleiro local. Numa eleição esfola, sem pudor e na outra estão de pés juntos jurando fidelidade.

Digo com propriedade, pois desde 1982 tenho guardado na memória episódios que ocorreram nesse velho torrão. Naquele ano, pelo PMDB, Berg Barreto torrou parte da fortuna e perdeu pra Giovani Wanderley que – na linguagem popular – não tinha um pau pra dar num gato.

A briga continuou ao longo do mandato, durante seis anos Berg fez uma oposição virulenta. Um década depois estavam juntos e na beira da piscina montaram uma chapa que acabou derrotada de forma humilhante por doutor Zenildo em 1992, com apoio do saudoso Nelson Gregório, que após uma temporada bem sucedida como empresário no Rio de Janeiro, deu uma surra de voto em Berg Barreto apoio de Giovani em 1988.

Nelson conhecido como um assistencialista de mão cheia, se gabava em dizer que tinha feito dois quebra molas e era suficiente para derrotar seus adversários e de fato aconteceu em 1996.

Pra o texto não ficar longo, em 2004, Luizinho – que aproveitou o racha político e chegou a prefeitura - achando-se o rei da cocada preta levou uma cacetada de Dr. Zenildo que até hoje deve lhe doer no pé do ouvido. Perdeu por 76 votos, um trauma para que se achava eleito antes de abrir as urnas. Botou na cabeça dos aliados que a maioria seria mais de mil votos. Diga-se, o resultado foi injusto pelo trabalho realizado. Mas pagou caro pela prepotência.

Um caso parecido ocorreu agora, 20 anos depois. De novo tirou a conta errada. Dizia que juntando os votos dos dois blocos derrotados em 2020, a maioria seria de 150 votos pra lá.

Sua matemática passou longe, assim como nas disputas anteriores, colocando seus parentes em sacrifício nas disputas de 2016 e 2020. Amargaram a terceira colocação, superando apenas candidatos nanicos de 100 votos.

É preciso entender que estratégia errada custa caro. Ninguém engoliu o acordão, e logo avisei nesta página que o povo não aceita esses engodos políticos.

Deu Dr. Gleudinho na cabeça. Subestimaram o filho de Manoelzinho e sofreram mais uma lição.

Há quem diga que Dr. Thiago ao invés de Nicolau como vice, tivesse colocado Juninho de Norma a história teria sido diferente. Porém, isso é apenas hipótese.

Enfim, o que se pode concluir? Que a promiscuidade política desagrada o eleitor. Ficou difícil misturar água e óleo. Não pense que o povo esquece o que diziam um do outro. Ao contrário, desconfia do que ver e desacredita do que dizem.

Alguns aliados já escabriados, dizem onde chega, ‘se fulano se juntar com sicrano, eu tô fora’. São muitos devotos com essa visão, não sei se vão cumprir.

Só sei uma coisa, a promiscuidade política está demais. E não duvide, falando sério, a expectativa é piorar.

Aguardemos, pois. Nada melhor do que um dia atrás do outro!

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