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PF põe Bolsonaro como líder de organização e vê viagem aos EUA como parte de plano

O relatório entregue pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que indicia 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, aponta que a viagem do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos na véspera do fim de seu mandato fazia parte do roteiro da intentona golpista. 

O documento da PF aponta que a ideia de Bolsonaro era esperar no exterior que uma tentativa de tomada de poder fosse concretizada para que, assim, ele não pudesse ser responsabilizado diretamente pelo ato.

A corporação se baseou, entre outros pontos, no fato de haver transferência de recursos financeiros do Brasil para os EUA, com a intenção de driblar decisões judiciais que pudessem congelar suas contas, em uma possível resposta do Judiciário.

O documento também afirma que o ex-presidente “permeou por todos os núcleos” da organização criminosa apontada pela investigação e que “o objetivo da organização criminosa era manter Bolsonaro no poder”. 

A PF também afirma que o ex-palaciano era o “líder” dessa organização

EM TEMPO

Bolsonaro deixou o País em 28 de dezembro de 2022, a três dias do fim de seu mandato depois de se isolar após a divulgação de sua derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais daquele ano. 

Exatos 11 dias depois, a capital federal viu a intentona golpista de bolsonaristas radicais, com a invasão e depredação na Praça dos Três Poderes.


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