Tudo começou de maneira despretensiosa após um amigo chamar
para “ganhar dinheiro”. Em poucos cliques, um motoboy potiguar de 40 anos logo
injetou R$ 100 na plataforma “Fortune Tiger”, o popular jogo do ‘Tigrinho’.
No começo, os ganhos aconteceram, chegando a R$ 15 mil, mas
logo escorreram pelos dedos em pouco tempo, forçando a criação de uma dívida
que hoje chega a R$ 60 mil em tentativas frustradas de recuperar o dinheiro.
Esse é mais um de milhares de casos de potiguares que estão
tendo prejuízos milionários com o jogo do ‘Tigrinho’, que tem bombardeado as
redes sociais com propagandas e uso de influencers para entrar no cassino
online.
Há casos de potiguares que perderam mais de R$ 100 mil com
esses jogos. Há relatos também de prejuízos mentais, sociais e em alguns casos,
suicídios.
No Estado, uma influenciadora foi alvo de uma operação da
Polícia Civil suspeita de participar de um esquema de pirâmide financeira
envolvendo o ‘Tigrinho’.
Psicólogo alerta para riscos do vício em jogo
Apesar de o jogo do ‘Tigrinho’ já estar associado a
prejuízos financeiros e estar na mídia de maneira negativa desde o ano passado,
com operações da Polícia Civil em vários estados, por quais razões as pessoas
ainda insistem em entrar nas plataformas para jogar e tentar arriscar a sorte?
membro do Conselho Regional de Psicologia do RN (CRP-RN),
Rômulo Raulino Santos, psicólogo e especialista em Terapia Cognitivo
Comportamental, tem uma explicação. Ele cita que muitos fatores podem
contribuir para esta situação, tais como sofrimento psicossocial, ausência de
rede de apoio, ocorrência de patologias associadas à compulsão e/ou impulso e
até mesmo a sobrecarga de estimulação em mídias digitais retratando o jogo como
possibilidade de mudança de vida.
TN
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