A fuga dos dois detentos foragidos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, está sendo mantida por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro, e não do Acre, de onde são originários, registrou a Folha de S.Paulo.
Segundo os investigadores, o braço acriano da facção criminosa rompeu com Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Eles foram jurados de morte pelas lideranças do CV no Acre –Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo.
A ameaça foi desencadeada após Rogério e Deibson realizarem uma tentativa frustrada de assassinar Railan e Selmir para assumirem o controle do Comando Vermelho no Acre.
A rede de apoio do Comando Vermelho
O Comando Vermelho está financiando uma rede de apoio para ajudar na fuga dos dois detentos foragidos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A investigação da Polícia Federal aponta que a rede criada pela facção criminosa auxilia Rogério e Deibson a se manter em áreas rurais, fornecendo apoio para alimentação, bebidas, transporte e armas de fogo.
Ainda de acordo com a apuração, a dupla de criminosos fez contato com membros do Comando Vermelho dois dias após a fuga, quando fizeram reféns na zona rural de Mossoró e tiveram acesso a aparelhos celulares.
Após a ligação, os bandidos receberam o suporte de um morador da cidade, que foi preso por pegar um carro no Ceará e o levar até Baraúna, também no Rio Grande do Norte, onde foi entregue aos fugitivos.
A investigação mostra haver indícios de que o suspeito também integra o Comando Vermelho, assim como Rogério e Deibson, e que ele teria recebido 4.500 reais para fazer o serviço.
Tudo dominado (por PCC e CV)
Um
levantamento realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública apontou a
existência de 70 facções criminosas no sistema carcerário brasileiro. As
principais —Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho
(CV)— atuam em 24 estados e no Distrito Federal.
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