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Saneamento: 46,3% das moradias brasileiras não têm acesso a serviços básicos

Quase 47% das famílias brasileiras ainda não contam com adequada oferta de água potável, banheiros, coleta e tratamento de esgoto.

É o que revela o novo estudo do Instituto Trata Brasil “A vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?”.

Produzida em parceria com a Ex Ante Consultoria Econômica e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a pesquisa traça o perfil socioeconômico e demográfico da população brasileira que sofre com privações nos serviços de saneamento básico. Segundo o estudo, uma a cada duas moradias brasileiras convivem diariamente com a falta de acesso a serviços considerados básicos.

A presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, diz que a análise é um recorte que demonstra que o desenvolvimento econômico e social do país ainda depende do acesso ao saneamento.

- “A gente ainda está bastante longe de atingir esse pleno acesso com esse recorte que o estudo traz, principalmente em quem são essas pessoas, que são as pessoas menos favorecidas, as pessoas que mais precisam dessa infraestrutura básica”, avalia.

Nordeste tem o pior índice

Os dados mostram que, no Brasil, a região Nordeste é a que mais sofre com a falta de serviços em todas as cinco categorias analisadas.

A maioria das residências estão em área rural, cidades do interior ou até mesmo assentamentos de regiões metropolitanas. Em geral, vivem nessas residências famílias de três ou quatro pessoas. São pobres, negros e com baixa formação escolar.

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