Quase 47% das famílias brasileiras ainda não contam com
adequada oferta de água potável, banheiros, coleta e tratamento de esgoto.
É o que revela o novo estudo do Instituto Trata Brasil “A
vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?”.
Produzida em parceria com a Ex Ante Consultoria
Econômica e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS), a pesquisa traça o perfil socioeconômico e demográfico da
população brasileira que sofre com privações nos serviços de saneamento básico.
Segundo o estudo, uma a cada duas moradias brasileiras convivem diariamente com
a falta de acesso a serviços considerados básicos.
A presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, diz
que a análise é um recorte que demonstra que o desenvolvimento econômico e
social do país ainda depende do acesso ao saneamento.
- “A gente ainda está bastante longe de atingir esse pleno
acesso com esse recorte que o estudo traz, principalmente em quem são essas
pessoas, que são as pessoas menos favorecidas, as pessoas que mais precisam
dessa infraestrutura básica”, avalia.
Nordeste tem o pior índice
Os dados mostram que, no Brasil, a região Nordeste é a que
mais sofre com a falta de serviços em todas as cinco categorias analisadas.
A maioria das residências estão em área rural, cidades do
interior ou até mesmo assentamentos de regiões metropolitanas. Em geral, vivem
nessas residências famílias de três ou quatro pessoas. São pobres, negros e com
baixa formação escolar.
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