Com a previsão de arrecadar R$ 20 bilhões em 2024, e até R$ 54 bilhões até 2026, a taxação dos investimentos da parcela mais rica da população deverá ser votada nesta terça-feira (24) na Câmara dos Deputados. Desde o último dia 14, o projeto de lei em regime de urgência tranca a pauta na Casa.
O relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), tenta
fechar um acordo com a bancada ruralista sobre o aumento no número de cotistas
nos Fiagros, fundos de investimento em cadeias agroindustriais.
O parlamentar estava ainda definindo como ocorrerá o
parcelamento do Imposto de Renda sobre fundos exclusivos e uma eventual
equiparação de alíquotas entre esses fundos e as offshores (investimentos em
empresas no exterior).
O governo queria ter votado o texto na semana passada. No
entanto, três partidos – PL, PP e União Brasil – pediram a manutenção do acordo
para votação no dia 24, após o retorno do presidente da Câmara, Arthur Lira, de
uma viagem oficial à China e à Índia.
Reforço de caixa
O governo precisa reforçar o caixa para compensar o aumento
do limite de isenção da tabela do Imposto de Renda, sancionada nesta
segunda-feira (28) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dinheiro também é importante para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, conforme estipulado pelo novo arcabouço fiscal, aprovado no fim de agosto pelo Congresso.
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