Da Tribuna do Norte.
A Justiça do RN condenou o quarto advogado preso na
operação Carteiras. Sérgio Kemps Lacerda Dantas foi condenado a 4 anos de
reclusão por envolvimento com organização criminosa. Ele recebia e repassava
bilhetes entre integrantes de uma facção criminosa que atua dentro e fora de
unidades prisionais potiguares. Além de Sérgio Kemps, três integrantes da
organização, que já estavam presos, também receberam novas condenações.
Sérgio Kemps Lacerda Dantas foi sentenciado a cumprir os 4
anos de reclusão no regime semiaberto. Já os criminosos Fabiano José de
Oliveira, o Cabeção; Francisco Lourenço da Costa Júnior, conhecido por Juvenal;
e Raimundo Kleber Benício da Costa, conhecido por Cego de Santa Cruz ou Gavião,
receberam novas penas de 6 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão cada. Eles
cumprirão essa sentença em regime fechado, Sérgio Kemps foi investigado pelo
MPRN no período de janeiro de 2021 até agosto de 2022. Nesse tempo, o MPRN
obteve várias provas de que ele trocava “salves” e “catataus” (bilhetes) com os
demais condenados.
Outras condenações
No início de março, a Justiça condenou outra advogada presa
na operação Carteiras. Mona Lisa Amélia Albuquerque de Lima teve a pena fixada
em quatro anos, nove meses e cinco dias de reclusão e 16 dias-multa,
considerando o dia multa equivalente a 1/30 do salário-mínimo em vigor ao tempo
do fato. Ela deverá inicialmente cumprir a pena de reclusão em regime
semiaberto.
Além dela, os internos Orlando Vasco dos Santos e Erasmo
Carlos da Silva Fernandes também receberam condenações. Os três trocavam
mensagens através de bilhetes e conversas pessoais, estabelecendo a comunicação
dos chefes da organização criminosa com outros integrantes que estão nas ruas.
Ainda em março, um outro advogado também foi condenado após
denúncia do MPRN. Jailson Bezerra de Andrade foi preso por transmitir bilhetes
e “salves” entre integrantes de uma facção criminosa que atua dentro e fora de
unidades prisionais do Estado. O advogado foi condenado pelo crime de
organização criminosa armada à pena de 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão e
ainda multa.
A terceira advogada condenado por integrar a facção
criminosa que atua dentro e fora de presídios potiguares foi Wanessa Jesus
Ferreira de Morais, também em março deste ano. Ela foi condenada a 3 anos e 6
meses de reclusão pelo crime de organização criminosa. Além dela, um preso com
quem ela trocou mensagens para cometimento de crimes também foi condenado.
Carlos Alessandro Teixeira Feliciano recebeu nova pena de 5 anos, 9 meses e 5
dias de reclusão.
Wanessa Jesus Morais foi alvo da operação Carteiras,
deflagrada pelo MPRN em 8 de junho de 2022. A investigação apontou que a
advogada exercia a função de “gravata” dentro da facção criminosa.
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