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terça-feira, 21 de março de 2023

Onda de crimes ordenados por facção é a maior da história do RN

Foto BBC


Cláudio Oliveira/Repórter/TN

Reflexo de uma guerra silenciosa que se estende há pelo menos 22 anos, envolvendo facções criminosas e controle do sistema prisional, a onda de ataques criminosos no RN, atribuídos a uma facção local, completa uma semana e já é a maior de todas, desde 2011. A partir da madrugada do último dia 14, até a manhã desta terça-feira (20) o Estado já contabilizava 290 ocorrências em cerca de 40 cidades.

Antes disso, a maior série de ataques orquestrados no estado havia ocorrido em 2016 quando a Sesed, registrou 107 ocorrências em 37 cidades entre os dias 29 de julho e 3 de agosto. Procurada, a Sesed não se manifestou até o fechamento desta edição.

Em todas as situações, as ações têm relação direta com as facções criminosas e seus líderes que estão presos nos presídios do estado.

A motivação, apontada pelas forças de segurança, giram em torno da insatisfação pelo tratamento e más condições das cadeias, rigor no sistema penitenciário ou transferência de detentos, geralmente chefes dos grupos criminosos.

Histórico de ondas de ataques criminosos no RN

2011

14 de setembro:  Motins em Alcaçuz e no PEP-Parnamirim

16 de setembro: 7 ataques a ônibus em Natal

2015

11 a 17 de Março: Série de motins atinge 14 das 33 unidades prisionais do estado

16 de março: 3 ônibus, 1 micro-ônibus e 1 carro PM incendiPEP-Parnamirim

2016

29 de julho a 3 de agosto:  107 ocorrências em 37 cidades

3 de agosto: Motim no PEP-Parnamirim

2017

14 e 15 de janeiro: Rebelião na Penitenciária de Alcaçuz com 27 mortos

18 e 19 de janeiro: 32 ataques a ônibus, micro-ônibus, veículos oficiais e e delegacias em 8 municípios

2018

2 e 7 de junho: 13 ataques a prédios públicos, ônibus e unidades policiais em 5 municípios. 1 policial assassinado

2023

Desde 14 de março: 290 ocorrências com ataques a ônibus, micro-ônibus, comércios, unidades policiais, veículos e prédios públicos. Três pessoas assassinadas, entre elas um policial fora de serviço.