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Celular, vício e dependência

Por necessidade estou constantemente indo a Mossoró. No centro comercial o trânsito simplesmente horrível, raro encontrar um lugar pra estacionar. O jeito é andar a pé para se resolver alguma coisa.

Aí vem aquela sensação. E se alguém roubasse meu celular? Andamos desconfiados pelas calçadas em meio ao vai vem de gente.

A preocupação não é o simples aparelho. As coisas não estão fáceis, mas podemos comprar outro parcelado.

O problema é que sem celular não dá pra fazer nem o pix, que tem facilitado a vida de muita gente. Uma foto, uma chamada de vídeo, o GPS... Tudo o celular resolve.

O primeiro aparelho que eu tive era semelhante a um tijolo, pesado. Comprei usado. Mal efetuava as ligações. Foi diminuindo, e o uso aumentando.

Antes eu sabia o telefone de todos amigos. Hoje não sei mais de ninguém. A telinha mágica traz uma novidade atrás da outra. Facebook, WhatsApp, Twitter, Instagram… Hoje todo mundo está conectado a estas e outras redes.

Sou um cinquentão, da época da tabuada. (quase um dinossauro). Ainda multiplico, divido, uso as regras da matemática… Mas hoje ninguém mais calcula. Tecla.

Tantas coisas ficaram obsoletas! Máquinas fotográficas, lanternas, rádio, relógio... Tudo isso temos hoje nos smartphones que no dia a dia imperam em nossas mãos.

Isso explica o receio ao sair pelas ruas lotadas nas cidades grandes. Para fazer uma ligação, entramos numa loja ou qualquer abrigo durante o tempo da chamada. Em todo lugar encontramos gente que já foi vítima de assalto.

Sem celular ficamos perdidos. Não tem jeito. Ficamos dependentes do dito cujo!

 

 

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