A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China
ganhou mais importância com a sua decisão de indicar a ex-presidente Dilma
Rousseff (PT) para presidir o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição
financeira dos Brics. A sede do banco fica em Xangai, uma das principais
metrópoles daquele país.
Do lado brasileiro, há interesse em ampliar o atual patamar
de US$ 70 bilhões de investimentos chineses em setores estratégicos, como
energia e infraestrutura. O comércio bilateral, da ordem de US$ 150 bilhões, é
favorável ao Brasil, com superávit de US$ 28 bilhões, no ano passado. Os
produtos-chave são commodities, soja e minério, mas também se busca aumentar
esse relacionamento com exportações de alto valor, como aviões.
A viagem ainda pode se dividir em até duas cidades: Pequim
e Xangai. O pacote oficial inclui um jantar e visitas ao presidente Xi Jinping,
ao primeiro-ministro Li Keqiang e à Assembleia Popular Nacional, além de
passagem para foto na Grande Muralha e um seminário empresarial organizado pela
Apex-Brasil.
Lula levará à China uma numerosa comitiva. Uma mostra foi a
grande presença de ministros na reunião preparatória da Comissão
Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), na última
quarta-feira, no Itamaraty. Coordenador da comissão, o vice-presidente Geraldo
Alckmin deverá ficar no Brasil para assumir a Presidência durante a viagem de
Lula.
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