O cerco se fecha cada vez mais para Jair Bolsonaro,
que está nos EUA desde 30 de dezembro de 2022. Além de ser alvo de pedido
de extradição feito por senadores norte-americanos, o ex-presidente agora
é denunciado por suposta fraude em sua tentativa de permanência no
país.
Na sexta-feira (3), o deputado federal Reginaldo
Lopes (PT-MG) protocolou ofícios junto à embaixada dos Estados Unidos
no Brasil e à brasileira em solo americano nas quais requer que Bolsonaro
seja investigado na Unidade de Prevenção a Fraudes e no Departamento de
Segurança Interna do Estado norte-americano.
Entre as alegações para a denúncia, o parlamentar destaca o
fato de que Bolsonaro pediu mudança no status de seu visto para
permanecer legalmente no país como turista enquanto "há diversos
xindícios de que o ex-presidente pretende realizar atividades profissionais,
remuneradas, durante sua estadia, e não apenas realizar atividades turísticas,
como supostamente requer no processo apresentado".
“Parece claro que a grande motivação para permanecer em
território norte-americanos é o intuito de fugir das gravíssimas investigações
e processos que correm contra ele, por isso 41 membros do Congresso dos Estados
Unidos da América pediram que seu visto fosse revogado, após os ataques de seus
seguidores às instituições democráticas brasileiras. Mas há diversos indícios
de que, além disso, o ex-Presidente Bolsonaro pretende realizar atividades
profissionais, remuneradas, durante sua estadia, e não apenas realizar
atividades turísticas, como supostamente requer no processo de obtenção de
visto de turista”, diz um trecho do ofício enviado por Reginaldo Lopes às
embaixadas.
Nos últimos dias, Bolsonaro participou de eventos fechados da extrema direita dos EUA, com venda de ingressos, e já sinalizou que pretende realizar palestras.
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