expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sábado, 21 de janeiro de 2023

As veias abertas do Vale do Açu

Há mais de 40 anos entrava em produção o primeiro poço de petróleo no Vale do Açu. Marco da presença da Petrobras na região, o poço pioneiro localizado no campo de Alto do Rodrigues continua até hoje jorrando dinheiro nos cofres das prefeituras.

Nessas quatro décadas os recursos dos royalties mudaram em que a realidade das cidades produtoras?

Neste contexto é imperativo pensar sobre quais fatores estão por trás deste atraso regional.

Como não questionar uma Termoaçu cravada no distrito de São José, aquecida pelo Vaporduto, considerado o maior do mundo, ter em volta de si um cinturão de pobreza?

Como entender a falta de interesse na construção do Porto de Hraneleiros que seria a redenção econômica do vale a partir de Porto do Mangue, e agora querem transferir para outra região?

Falta força política? Certamente. Em termos de representação é inimaginável não termos um deputado federal da região. Apenas um mandato estadual que se vangloria de indicar de ano em ano uma emenda parlamentar de R$ 100, 200 reais para os municípios.

Por que projetos como ZPE do Sertão morreu sem ao menos começar? Briga política? Falta de inteligência ou de interesse? São perguntas sem respostas, infelizmente.

Como podemos ter as melhores terras, água abundante, sol, vento e mão de obra, porém nossa agricultura é simplesmente uma vergonha, sem investimentos? Algo estar errado, com certeza. Seria suficiente as prefeituras resumirem suas ações em um corte de terras no início de cada inverno?

Até quando assistiremos inertes a derrubada das carnaubeiras? O assoreamento do rio?  Se se ouve falar quando as enchentes provocam destruição ao povo sofrido. Aí aparecem os salvadores da pátria para lavar dinheiro num cenário emergencial.

É preciso pensarmos novos caminhos, uma mudança concreta de rumo, começando pela visão dos nossos representantes e o providencial estancamento das sangrias no dinheiro público.

Uma política bem planejada, um esforço conjunto sem vaidade, todos olhando para o futuro sem repetir os erros do passado. Assim poderíamos transformar as riquezas naturais em benefícios para que o vale seja uma terra de oportunidades!