Decisão esdrúxula de ministro fez com que Lula não comparecesse ao velório de Vavá, que morreu de câncer. Pedido de perdão foi feito durante diplomação de ex-presidente, que respondeu ao ministro.
Emocionado em meio à terceira cerimônia de diplomação para
Presidente da República na última segunda-feira (12), Lula (PT) recebeu um
pedido de perdão inusitado que remeteu a um dos momentos mais dolorosos vividos
durante os 580 dias da prisão injusta na Superintendência da PF em Curitiba: a morte por câncer do irmão Genival Inácio da Silva, o
Vavá, em janeiro de 2019.
Após ter o direito de comparecer ao velório do irmão por juízes de instâncias inferiores, à época a defesa de Lula
entrou com pedido junto STF para que ele pudesse
se despedir de Vavá.
A decisão coube ao ministro Dias Toffoli, que em decisão
inédita determinou que o corpo de Vavá fosse levado a uma unidade militar em
São Paulo para que Lula se despedisse do irmão.
Da cela na Superintendência da PF em Curitiba, Lula
recusou, enviou uma coroa de flores falando da saudade que "aperta o
peito" e manifestou a profunda mágoa pelo fato a diversos
interlocutores.
"O senhor tinha direito de ir ao velório", disse
Toffoli. "Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com
o seu perdão", emendou o ministro.
Lula teria dito para o ministro ficar tranquilo e que
conversaria com Toffoli em outro momento sobre a questão, de maneira reservada.
"Safado só queria ir passear"
Após a decisão desumana de Toffoli, um diálogo entre procuradores da Lava Jato, divulgado pela Vaza Jato, causou ainda mais indignação em Lula e seus familiares.
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