Em 1982 numa televisão de tubo com energia gerada por um motor explosão na Tabatinga, acompanhei Brasil e Argentina. Um jogo de pura rivalidade, catimbado e violento que terminou com Zico lesionado e Maradona expulso da partida. Deu Brasil (3 a 1).
Há 40 anos, de lá pra cá lances inesquecíveis, derrotas e
vitórias que marcaram a história dos mundiais. Quem acompanhou de perto o
futebol na época dizem que aquela seleção foi a melhor de todos os tempos.
Porém, não ganhou a Copa.
No caminho do Brasil tinha a Itália.
Lembro bem daquele jogo. Um dos jogos mais emocionantes na história dos mundiais Mas o placar foi terrível. Dói até hoje os três
gols marcados por Paulo Rossi. A Itália naquele ano ganhou a taça na Espanha e mostrou
ao mundo a sua força.
O jeito foi esperar quatro anos pra buscar o tetra. Na década
de oitenta um ano demorava uma eternidade. Foram tempos difíceis, de seca braba
que assolou o Nordeste sofrido com escassez de alimentos.
Veio então a Copa de 86. Eu já frangote morando em Carnaubais
assistia os jogos na casa do meu primo Levani, na mesma casa onde mora Luizinha
de Avani.
Ainda guardo tudo na memória; inclusive um golaço do
Josimar, foguete arremessado da meia-direita no ângulo do goleiro da Irlanda do
Norte. Dava pinta que dessa vez o final seria feliz.
Para o Brasil, a Copa é um negócio fora de série – é só
olhar para as ruas vazias na hora do jogo da seleção. Mas, triste lembrar, naquele mais uma eliminação traumática.
Nos pênaltis nossa amarelinha perdeu pra França. Um tal de Michel
Platini acabou com o nosso sonho. Zico poderia ter mudado a história, colocado o
Brasil nas semifinais na Copa do México, caso não tivesse perdido um pênalti após
acabar de entrar na partida.
Aquele 21 de junho de 1986 foi marcado por mais uma derrota
dolorida. Acabava ali o fio de esperança.
O “Galinho de Ouro” como era conhecido não conseguiu escrever
seu nome na história com o tão sonhado título. Sua geração – ainda lembro os jogadores:
Sócrates, Falcão, Júnior, Cereso, Serginho, Leandro, Eder, Careca, Branco, Miller
e Cia – ficou devendo ao nosso futebol que encantou o mundo com o tricampeonato
conquistado por Pelé.
Em tempo
Voltarei a comentar no próximo texto dessa série as copas dos
anos 90.
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