Margareth Menezes é nome certo na Cultura. |
Após um primeiro anúncio composto apenas por homens, o
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prepara a divulgação
dos nomes de cinco mulheres para comandar pastas relevantes, também,
do ponto de vista orçamentário.
A previsão é de que a lista inclua os ministérios da
Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social que, juntos, têm R$ 509
bilhões de orçamento previsto para 2023 e estão entre os órgãos responsáveis
pelo maior volume de recursos - atrás apenas do Trabalho e Previdência, que
gere as aposentadorias e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Há a expectativa de que o segundo anúncio ocorra entre hoje
- após a diplomação de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo
Alckmin, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - e amanhã. Na tarde de ontem, o
petista reuniu aliados em Brasília para tratar da formação do governo com
indicados na semana passada, como Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa
Civil).
Aliados esperam para esta semana a confirmação da senadora
Simone Tebet (MDB-MS), que passou de adversária a aliada na campanha, para
o comando da pasta de Desenvolvimento Social. O ministério é o responsável pela
formulação de políticas destinadas à população mais carente e pela gestão do
Bolsa Família, atual Auxílio Brasil.
Na Saúde, a presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz),
Nísia Trindade, é a mais cotada. A socióloga e pesquisadora pode ser a primeira
ministra dessa área da história do País
- ela já participa do processo de transição.
Na Cultura, o convite foi feito à cantora Margareth Menezes
que já aceitou e será a primeira mulher negra a compor o terceiro governo Lula.
A Baiana agrada a muitos, principalmente a primeira dama Janja, que a indicou.
O mesmo ineditismo vale para o provável anúncio do nome da
indígena Sônia Guajajara, deputada federal eleita (PSOL-SP). Ela deve comandar
políticas voltadas aos Povos Originários, que pode virar uma secretaria
vinculada diretamente à Presidência da República ou mesmo um novo ministério –
uma promessa de Lula na campanha.
Na Educação, a disputa deve ser vencida pela governadora do
Ceará, Izolda Cela (sem partido), apesar da pressão contrária do PT.
Considerada uma das responsáveis pela evolução da educação pública em seu
Estado, a professora que deixou o PDT neste ano para apoiar Lula tem como
concorrente ao cargo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do partido na
Câmara.
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