Em discurso de despedida do mandato no Senado, Simone Tebet
(MDB-MS) afirmou que não sabe “onde a vida vai me levar”, mas que não deixará
de fazer política.
O tom de incerteza sobre o futuro vem em um momento no qual
a emedebista é cotada para assumir um ministério no futuro governo de Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), mas enfrenta processo de fritura de alas petistas
que resistem a deixá-la na pasta do Desenvolvimento Social.
“Me despeço do Senado, mas não da vida pública. Não sei
onde a vida vai me levar, mas farei política enquanto viver. Lutarei e
continuarei a lutar por um Brasil sem fome e sem miséria, que nos devolva a
cidadania”, afirmou Tebet na tribuna do Senado. Ela se despede da Casa após
deixar de concorrer à reeleição ao cargo para disputar a Presidência da
República e ficar em terceiro lugar no primeiro turno.
Na tribuna, Tebet defendeu a democracia e disse que é preciso combater os retrocessos deixados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
- “Democracia e direitos constitucionais não podem se limitar a discursos de
ocasião. (…) Há tantos retrocessos para combater. É preciso fazer com que o
livro volte para o lugar das armas, a esperança ocupe o lugar da iniquidade, a
verdade varra definitivamente a mentira, o ouvido conciliador volte a ocupar o
lugar do hoje grito de ordem, que o diálogo assume o lugar do ditado, para que
o amor tome o lugar do ódio”, destacou.
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