Presidente eleito se reúne nesta segunda-feira, 7, em São Paulo, para discutir impacto de remanejamento de senadores para cargos no governo |
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso das
urnas neste domingo, 30, após atrair para a sua campanha uma "frente
ampla" que reuniu não somente apoiadores costumeiros, como também partidos
e adversários históricos, além de figuras que construíram suas carreiras
políticas distantes do PT ou que haviam rompido com a legenda.
O petista planeja desmembrar os
"superministérios" criados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL),
como o da Economia e da Justiça, e criar novas pastas, como a dos Povos
Originários. Dessa forma, o número de ministérios deve passar dos atuais 23
para 34. As cadeiras já estão em disputa, e Lula admite que terá de preterir
alguns nomes do PT para contemplar integrantes da "frente ampla" que
o ajudou a se eleger.
A entrada da senadora Simone Tebet no primeiro escalão é
dada como certa. A parlamentar, que se engajou na campanha de Lula após ficar
em terceiro lugar no primeiro turno, já manifestou interesse em comandar a
Educação, pasta que sempre foi cobiçada pelo PT. O senador eleito Flávio Dino,
do PSB de Alckmin, pode assumir a Justiça, que provavelmente será separada da
Segurança Pública.
Haddad também é cotado para a Casa Civil, por ser
considerado alguém de perfil mais técnico, embora também tenha traquejo
político. Há, ainda, nomes que o presidente eleito vê como curingas. É o caso
de Wellington Dias, que administrou duas vezes o Piauí; do governador de
Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); da deputada eleita Marina Silva (Rede),
ex-ministra do Meio Ambiente; e dos senadores Jaques Wagner (PT) e Randolfe
Rodrigues (Rede), além do ex-chanceler Aloysio Nunes, primeiro nome do PSDB a
apoiar o petista, e o ex-coordenador do programa de governo Aloizio Mercadante
(PT), que foi ministro da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Casa Civil na
gestão Dilma.
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